Psicologia do Trabalho e suas origens na história da psicologia (2ª Parte)

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Como vimos em Psicologia do Trabalho e suas origens – 1a Parte, ela é fruto de um processo que criou as bases teórico-metodológicas para o surgimento dessa nova disciplina. O conhecimento acumulado vai ocorrendo em diversas áreas, com estudiosos de diversas especialidades, enriquecendo a compreensão do ser humano e do seu fenômeno psicológico. Desde esse início sempre existiram várias formas de observar as atividades humanas.

Não podemos dizer que estava sendo construída uma única psicologia, pois nesse início ela envolvia mais de uma abordagem, eram vários olhares que estudavam o ser humano, cada um com propostas singulares, diferentes, que buscavam estudar e intervir nas questões que se propunham com formas diferentes para avaliar, tratar, orientar, acompanhar cada caso. Foi assim que foram surgindo sub-campos de conhecimento, que originaram áreas como as de desenvolvimento humano, dos esportes, da saúde, do comportamento, da clínica, dos processos cognitivos, do social e do trabalho, dentre outras.

Podemos separar aqui alguns dos pioneiros dessa nova ciência, a psicologia. Todos eles produziram trabalhos significativos na virada do século XVIII e início do século XIX e foram estudiosos pioneiros na sua sistematização.

  • – o alemão Wilhelm Wundt (1832-1920) que estudou os processos elementares e a experiência imediata, considerado o fundador da psicologia experimental ao fundar o Laboratório de Psicologia Experimental (1879) na Universidade de Leipzig, o primeiro do gênero, e que se transformou num centro internacional de formação de psicólogos.
Wilhelm Wundt
Willian James
  • – o americano Willian James (1842-1910) que estudou o funcionamento dos processos mentais na adaptação.
  • – Criou o primeiro curso de psicologia dos Estados Unidos.
  • Considerado o pai da psicologia americana, e um dos fundadores da psicologia funcional.
  • – O americano John Watson (1878-1958) avaliando o comportamento observável com métodos objetivos.
  • Lançou as bases teóricas da psicologia behaviorista.
  • – Para ele o comportamento de organismos complexos responde a situações de acordo com sua rede nervosa, que está condicionada pela sua experiência.

John Watson
Max Wertheimer
  • – o checo Max Wertheimer (1880-1943) considerava que a experiências trazem consigo uma característica de totalidade de estrutura. A psicologia da gestalt fundada por Wertheimer, Koffka e Kohler estudava a avaliação subjetiva no pensamento e na percepção, para eles o todo é diferente da soma das partes
  • – o alemão Sigmund Freud (1856-1939) com a personalidade normal e anormal e as desordens neuróticas. Foi considerado o pai da psicanálise e dentre seus principais conceitos estão a noção de inconsciente, o princípio do prazer e a noção de aparelho psíquico.
Sigmund Freud

E estavam lançadas as bases teóricas onde seria construído o edifício da nova ciência.

Leia a continuação em: Psicologia do Trabalho e suas origens na história da psicologia – 3a parte

GLOSSÁRIO:

1) Psicologia Experimental: estuda o comportamento observável, para testar modelos e teorias sobre os aspectos do mesmo: prestar atenção, perceber, recordar, aprender, decidir, reagir emocionalmente e interagir. Se utiliza da experimentação para avaliar as questões da psique humana através da manipulação, observação e anotação das variáveis que influenciam as pessoas.

2) Psicologia Funcional: estuda os mecanismos psicológicos úteis e que auxiliam os indivíduos a sobreviver e a realizar atividades de adaptação às exigências do ambiente. Observa as operações das atividades mentais e as escolhas dos meios para executá-las em circunstâncias reais. O caráter naturalista do funcionalismo o aproxima de uma perspectiva empírica, também assumida pelo behaviorismo.

3) Psicologia Behaviorista: com suas origens nas correntes positivistas, define o homem e seus processos psíquicos como um ser governado por estímulos do meio. Entende a psicologia como uma ciência natural, e se utiliza do método objetivo e experimental para obter a predição e o controle do comportamento. Também chamada de comportamentismo pois estuda o comportamento do homem, com todo o seu refinamento e toda a sua complexidade, preferencialmente em laboratório, avaliando os estímulos originados no ambiente e as respostas de natureza físico-química que ocorrem.

4) Psicologia da Gestalt: não há um equivalente em português para a palavra alemã gestalt, o sentido mais geral aceito é o de uma organização das partes que constituiria um todo particular. Para a gestalt a análise das partes nunca vai proporcionar a compreensão do todo, uma vez que o todo é definido na interação e interdependência das partes.

5) Psicanálise: um tipo de psicoterapia e uma área de estudo relacionada à prática psicoterapêutica, ela descreve uma etiologia dos transtornos mentais, analisando o desenvolvimento do homem e de sua personalidade, além de explicar a motivação humana.

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